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     13/05/2024            
 
 
    

O sistema convencional de cultivo visa, principalmente, aumentos de produtividade e quase nunca se tem a preocupação com a preservação ambiental. Para manter o sistema produtivo em alta, grandes quantidades de fertilizantes químicos são utilizadas sem muito se pensar em sustentabilidade, que neste caso não está apoiada apenas em aspectos de conservação dos recursos naturais e preservação ambiental, mas, sim em aspectos econômicos e comerciais.

O manejo do sistema produtivo com o objetivo de preservar o ambiente e ter sustentabilidade cria, de início, a ideia de que se conseguirá baixas produtividades e custos de produção elevados. Entretanto, uma conscientização preservacionista é crescente na agricultura moderna, como a utilização do sistema plantio direto que proporciona grande produção de fitomassa de alta relação carbono/nitrogênio, além de provocar um acúmulo de material orgânico na superfície do solo. Com a opção do plantio direto, os produtores rurais passaram a se preocupar com a manutenção da cobertura do solo, rotação de culturas, recuperação de áreas cultivadas e de pastagens, enfim, passaram a se preocupar um pouco mais com o solo. Todas estas alterações no sistema produtivo contribuem para altos rendimentos em cultivos racionais da terra, sem degradá-la.

Falando sobre conservação do solo e da água, existe um conjunto de medidas para manutenção e recuperação das condições químicas, físicas e biológicas do solo, estabelecendo critérios para o uso das terras sem comprometer sua capacidade produtiva. São medidas que visam proteger o solo do desgaste excessivo e a conseqüente degradação, aumentando a disponibilidade de água e de nutrientes, além da atividade biológica.

Fazendo-se um comparativo entre sistemas antigos de exploração da terra e sistemas modernos de cultivo podemos concluir que a coisa evoluiu muito nos últimos anos, principalmente devido à preocupação com a vida do planeta, como reflexo da destruição da camada de ozone, efeito estufa, aquecimento global, etc. Não quero dizer que estes “males” existem, não é esta a questão, mas direta ou indiretamente estas ameaças contribuíram para um avanço nas práticas de cultivo.

É sabido que altas produtividades são obtidas em função do equilíbrio entre as condições química, física e biológica do solo (Figura abaixo), se considerarmos que a planta a ser cultivada é a planta ideal. Tomemos como referência um triângulo em que nos vértices estão as condições ótimas para se obter altas produtividades (química, física e biológica) – triângulo da esquerda. O detalhamento de cada uma destas condições vai depender do tipo de cultivo ou de práticas de cultivo que se pretende, produzindo bem com ou sem degradação.

Pensando agora em cultivo racional – triângulo de direita – podemos obter altas produtividades sem causar degradação e mantendo as condições químicas, físicas e biológicas em equilíbrio, simplesmente adotando práticas que preservem os recursos naturais e aumentem a matéria orgânica do solo, através de adubações alternativas. Estes fertilizantes alternativos podem ser facilmente obtidos no comércio, como é o caso de produtos que estimulam a atividade microbiana do solo ou que estimulam a planta a absorver aquele nutriente que antes não estava disponível, ou ser produzidos na propriedade, como é o caso de fertilizantes organominerais que usam resíduos orgânicos como matéria-prima.

Entre os primeiros estão produtos a base de aminoácidos, enzimas, ácidos orgânicos (húmicos e,ou fúlvicos), algas, minerais energizados, etc.  Entre os segundos, aqueles que podem ser produzidos na propriedade, estão os derivados de composto orgânico e os que tem na sua composição complexos enzimáticos e ácidos húmicos, ou seja, fertilizantes organominerais sólidos, para aplicação no solo ou líquidos, para solo e foliar. A grande vantagem destes organominerais é o curto tempo de produção (alguns dias, no caso do sólido e algumas horas o líquido) e o alto teor de matéria orgânica adicionada ao solo. Com estes produtos é possível reduzir a quantidade de adubação das culturas e redução no consumo de adubo químico.
 

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